Ao falar sobre cabelos levamos sempre em conta o impacto social e emocional que estes apresentam na vida das pessoas. Os cabelos historicamente estavam relacionados com fortes simbologias de força, virilidade, poder, controle, sensualidade e saúde. Em algum momento da vida, todos nós procuramos modificar o estilo deste, a fim de marcar determinada etapa evolutiva.
Diante de tanta simbologia voltada aos cabelos não é de se estranhar tamanho cuidado e preocupação em relação a esses no dia a dia de nosso consultório. Queixas como queda capilar, fragilidade dos fios, afinamento com perda de volume, aumento dos fios brancos e calvície são frequentes tanto em homens como em mulheres.
Existem diversos fatores intrínsecos e extrínsecos que podem resultar em queda capilar e envelhecimento dos fios. Entre eles os principais são estresse emocional; alimentação inadequada (alteração nutricional) seja por dietas restritivas, déficit vitamínico de absorção, por cirurgias bariátricas disabsortivas e restritivas; tração exagerada dos fios, infecções bacterianas e virais (atualmente e muito frequente por COVID-19); cirurgias; manias de arrancar os cabelos; alterações hormonais fisiológicas e patológicas, doenças auto-imunes e alguns medicamentos.
O uso de químicas para alisamento, tinturas, descolorantes, secadores e pranchas alisadoras, provocam por vezes agressão aos fios e ao couro cabeludo, fato que corrobora ainda mais importante a atuação de um dermatologista capacitado, na indicação do tratamento mais adequado.
Algumas das disfunções que resultam na queda de cabelo :
Alopécia Androgenética: É nada mais que a “calvície genética” que pode se manifestar tanto em homens quanto em mulheres, e necessita de tratamento e manutenção por toda a vida, na tentativa de manter e aumentar os folículos que ainda estão viáveis.
Eflúvio telógeno: altera a distribuição dos fios em seu ciclo de vida e faz com que a grande parte deles atinja o período de queda mais rapidamente. É a queda de cabelo mais frequente, e o cabelo volta a nascer, quando descoberta a causa e tratada.
Alopecia areata: o próprio organismo do indivíduo, em um processo autoimune, destrói os folículos pilosos. Mas eles voltam a nascer, quando o processo é tratado adequadamente.
Tricotilomania: É a compulsão do paciente por arrancar os cabelos e pelos de outras partes do corpo, como sobrancelhas e barba.
Alopecia por tração: que lesiona a haste do cabelo, dependendo da forma como ele é preso. Acontece muito em mulheres que prendem com muita força o cabelo.
Alopecia cicatricial: ocasiona a destruição completa dos folículos. Por Exemplo: doenças auto imunes, como Lupus Eritematoso Discóide.
Dentro das Doenças Auto-imunes que tem ocorrido cada vez com mais frequência encontra-se a Alopécia Frontal Fibrosante, que ocorre com mais frequência em mulheres, nas quais a perda do cabelo se dá na parte frontal do couro cabeludo, formando uma faixa de alopecia que se estende até a orelha, como se a “testa estivesse aumentando”. Essa queda de cabelo deve ser diagnosticada o mais precocemente possível, pois é irreversível, mas com o tratamento precoce, pode-se conter o quadro.
O diagnóstico de cada queda capilar levará ao tratamento correto para cada caso. E o médico DERMATOLOGISTA é o profissional que irá , por sua formação, melhor fazê-lo. Entre os tratamentos capilares indicados estão os realizados por meio de medicações tópicas, orais, nutracêuticos, intradermoterapia ou MMP® (microinfusão de medicamentos na pele); laserterapia, aplicação de led, radiofrequência microagulhada, além de transplante capilar.
Um ponto importante a se considerar é que quanto mais precoce for o início do tratamento, melhores serão os resultados adquiridos.
Procure seu dermatologista, ele lhe orientará da melhor forma, para um bom e certo tratamento.