A infância é um momento muito especial e fundamental para o desenvolvimento de um indivíduo, é nela em que se experiência as mais fascinantes descobertas sobre si e o mundo que nos circunda.
É nessa fase que a criatividade, os afetos e os traços de personalidade se estruturam. Do ponto de vista psicológico, uma criança tida como “saudável” é barulhenta e bagunceira. Fantasias e imaginação ativa, são indicativos de um bom desenvolvimento psicológico.
Quando a agitação e o êxtase desaparecem e dão lugar, por um período prolongado, ao silencio e o isolamento é um bom momento para dar atenção à saúde mental e emocional dos “baixinhos”.
Essa atenção especial à saúde mental das crianças pode ser uma excelente maneira de prevenir transtornos e distúrbios emocionais, como por exemplo a depressão, na infância e/ou adolescência. Bem como, garantir que as fases do desenvolvimento infantil sigam fluentemente sem muitos prejuízos e esse mesmo individuo venha a ser um adulto ciente de suas emoções e possa lidar com elas da maneira mais proveitosa o possível.
Psicoterapia infantil: o que é, como funciona e quando precisa?
A psicoterapia infantil pode ser vista como um momento para se observar o quanto o ambiente familiar e/ou escolar está influenciando no desenvolvimento da criança, seja de maneira positiva ou disfuncional, é também, em certo grau uma intervenção junto aos pais e quando necessário junto à escola. Onde deve haver o comprometimento dos mesmos com o bem-estar e o desenvolvimento da criança.
Além de estruturar e ampliar o bem-estar familiar, previne e traz resolução para os conflitos entro meio (familiar e social) e o desenvolvimento da criança.
Para a criança, o terapeuta infantil exerce a função de facilitador da expressão afetiva, intelectual e emocional, para tal se faz o uso de técnicas lúdicas para a obtenção das informações necessárias ao processo terapêutico, o brincar, os desenhos e a modulação de “massinhas” diz muito sobre como o garoto ou garota está se vivenciando junto ao que o cerca, essa observação do simbolismo atribuído as atividades propostas e como o observado elabora e executa as mesmas, nos torna capaz de identificar as disfunções e as funcionalidades existentes na mente desta criança e auxiliar na busca de melhores alternativas para lidar com elas e até mesmo desenvolvê-las, assim orientamos os pais a como se portar e estimular essas experiências.
É fundamental que, inicialmente se faça entrevistas com os pais, para se ter um histórico e o entendimento do dinamismo familiar em que o “paciente” está imerso, para que haja uma triagem das queixas e o direcionamento do processo psicoterápico.
Não podemos afirmar que exista um momento perfeito para se buscar a ajuda de um profissional da saúde mental quando criança ou mesmo adulto, mas os primeiros apresentam indícios que devem nos deixar atentos à essas questões, há uma gama destes “sinais”, sendo alguns deles estes:
- Dificuldades no relacionamento com as pessoas, na atenção ou aprendizado
- Choro e Irritabilidade excessivos
- “Birras e malcriações”
- Timidez excessiva
- Isolamento
- Agressividade
- Medo de ficar em determinado ambiente sozinho
- Recusar ir à escola de forma repentina
- Demora a falar ou andar
- Mudanças no comportamento em geral
Os benefícios da psicoterapia infantil são vastos, gratificantes e transformadores à todos os envolvidos, por isso quanto maior o engajamento de ambas as partes, maiores serão os resultados alcançados com o processo.