A ansiedade é algo natural em cada ser humano, estar ansioso, preocupado ou nervoso devido se sentir ameaçado ou em perigo real, a ansiedade age como um sistema de alarme para mantê-lo longe do dano. Sabemos que todos nós vamos experimentar desta ansiedade, ás vezes ela até é útil em determinados momentos. Exemplo: ficar ansiosa antes de uma apresentação, ou entrevista, pode nos servir como estímulo para nos preparar melhor para essas ocasiões.
Com as crianças não são diferentes, elas têm ansiedade e medo com frequência, à maioria dos medos e ansiedade infantis são normais, pois são decorrentes do processo de aprendizagem em cada fase e é comum que desapareçam naturalmente. Aprender as primeiras palavras lidas e frases no jardim de infância! Andar de bicicleta amarrar o cadarço do tênis, geralmente esses desafios geraram muita ansiedade, mas, vencido o desafio, a inquietude deu lugar ao prazer.
A ansiedade passa a ser um problema quando se torna disfuncional e impede a criança de realizar tarefas simples, como ir à escola, brincar com outras crianças, dormir sozinho, a criança pode se tornar agressiva, desatenta ou insegura. No entanto, a partir do momento que essa ansiedade começa a atrapalhar o cotidiano, precisa-se de atenção especial, pois pode ser indícios de uma ansiedade patológica. Estima-se que o número de crianças com transtornos de ansiedade tem crescido de maneira significativa, diante disso, como saber se meu filho é ansioso?
É importante ressaltar os sinais e levar em conta a idade e a fase pela a qual a criança está vivenciando.
As crianças que apresentam timidez, fazem birra, regridem as fases anteriores, começam a fazer xixi na roupa ou roem as unhas possivelmente são crianças ansiosas. Ainda que seja natural a criança apresentar essas atitudes em determinado momento. Se você observar que em todas as situações, seu filho reage de um modo “diferente” do esperado para a idade dele, é provável que tenha um traço de ansiedade.
Tipos de ansiedade
Existem cinco tipos de transtorno de ansiedade. Informar sobre cada um deles pode auxiliar os pais a detectá-lo.
Transtorno de ansiedade de separação
• Chamar atenção dos pais várias vezes para irem embora para casa, muitos passam a urinar ou evacuar na roupa;
• Recusar se ir à escola;
• Negar ir para cama ao anoitecer;
• Fazer birra constante;
• Imaginar que algo ruim pode acontecer com os pais;
• Queixar se de sintomas físicos antes, durante e após a separação.
Transtorno de ansiedade social (ou fobia social)
• Conversar com colegas ou adulto;
• Falar ao telefone;
• Frequentar escola;
• Comer em público;
• Fazer uma apresentação em público.
Fobia específica
• Ambiente: lugares escuros, tempestade, altura, água;
• Animais: cães, aranhas, cobras, insetos (besouro, abelha);
• Fobia ligada a saúde: agulhas, hospitais, consultório odontológico.
Transtorno de ansiedade generalizada
Elas tendem a se preocupar com muitas coisas, tais como:
• Opinião das pessoas a respeito delas;
• Desempenho escolar;
• Fazer as coisas com perfeição;
• Segurança e bem-estar dos entes queridos (família, amigos, animais de estimação);
• Segurança ou dano (acidente, morte e roubo);
• Transtorno do pânico;
• Falta de ar;
• Coração acelerado;
• Tremores;
• Tontura.
A criança com transtorno do pânico pode sentir medo extremo em determinados lugares ou em situações que associam aos ataques de pânicos, como lugares lotado ou espaço fechados, como elevadores.
Porém, vale ressaltar que, quanto mais cedo você detectar os transtornos de ansiedade em seu filho, mais rápido poderá ajuda ló a desenvolver mecanismo que enfrentam os desafios. Lembrando que é muito importante procurar ajuda e orientação de profissionais preparados para avaliar o caso em crise de ansiedade contando como uma equipe multidisciplinar, como psicólogo, pediatra, nutricionista e psiquiatra.