Por mais de 50 anos, as doenças vasculares que precisavam de intervenção cirúrgica foram tratadas por meio da cirurgia vascular, um procedimento que necessitava de incisões na pele do paciente e apresentava maiores riscos para sua recuperação. A partir da década de 1990, uma nova especialidade, mais rápida e segura, passou a ganhar espaço no tratamento de problemas vasculares: a cirurgia endovascular.
Trata-se de uma subespecialidade da cirurgia vascular que foi desenvolvida graças ao avanço em conjunto da medicina e da bioengenharia, sendo considerada um grande progresso no tratamento de doenças circulatórias que afetam os vasos arteriais e venosos do organismo. Cada vez mais aprimorada, a técnica está sendo amplamente utilizada na área de medicina vascular por apresentar uma série de benefícios se comparada à cirurgia tradicional.
Como o procedimento é minimamente invasivo, os riscos de complicações, como sangramentos ou outros traumas cirúrgicos são bem menores se comparados à cirurgia aberta. Neste último caso, as incisões e a abertura do local a ser operado aumentam os riscos de possíveis complicações.
A cirurgia endovascular é indicada para o tratamento de doenças vasculares que provocam a obstrução da passagem do sangue ou dilatações nos vasos, podendo ser a primeira opção recomendada dependendo do vaso a ser operado. Também está amplamente indicada no tratamento dos aneurismas. O procedimento é realizado com a colocação de uma endoprótese – uma espécie de tubo fino – na parede das artérias que apresentam dilatação, visando permitir a correta passagem do sangue.