Gabrielle Soares se encantou com a Psicologia aos 15 anos. Com essa idade, ela estava na 8ªa série do Ensino Fundamental e já sabia o que queria ser: Psicóloga, pois também fazia terapia. Na mesma época, sua mãe trabalhava com crianças com déficit no desenvolvimento na AMA(Amigos do Autista) em sua cidade natal, em Itumbiara, Goiás. Ela levava a filha para acompanhar sua rotina e o trabalho realizado com as crianças. “Sempre me alegrava ver as conquistas e os momentos únicos que ela vivia. Comecei a faculdade de Psicologia em 2011 e realizei alguns trabalhos voltados a rotinas escolares com crianças no espectro.”, se recorda com carinho.
A psicóloga começou a atuar como Atendente Terapêutica em 2016, foi quando se encantou com a área e viu um mundo de possibilidades, com uma nova forma de olhar o tratamento. Aprendeu com outras pessoas e colegas também, uma delas se tornou uma amiga muito especial. “Comecei a fazer cursos, o primeiro foi o do Protocolo VB-MAPP, que é um dos meus preferidos, logo após comecei a fazer pós em Análise do Comportamento Aplicada e durante a mesma, realizei mais cursos voltados aos protocolos de avaliação, como ABLLS-R e o AFLS e formação em PECS e realizei Capacitação em estratégias e práticas naturalistas e atualmente estou cursando pós em Tratamento e Diagnóstico de Autismo e Capacitação em Avaliação de autismo e sou Mestranda pela mesma Universidade em que me formei PUC-GO, com ênfase na linha de pesquisa em Análise do Comportamento.”, ressalta com muito orgulho.
Os cursos para se aperfeiçoar e se qualificar são muitos, pois ela acredita que o conhecimento deve ser constante. “Atuei sempre com Supervisão de outros Profissionais experientes, estudando cada caso e revendo o melhor que podia ser feito em cada um. Hoje ainda, em casos mais complexos, procuro fazer o mesmo.”, destaca.
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“Realizei treinamentos, palestras e workshops e quanto mais eu estudava, mais gostava e mais queria compartilhar com outras pessoas, ajudando também na formação delas, como trocas de experiência. Acredito que todos temos algo a aprender e que ninguém sabe tudo, por isso empoderar pais e famílias com conhecimento é um dos meus objetivos como profissional e como Diretora da Envolvere.”
A profissional começou a atender seus primeiros pacientes como responsável pelo caso em agosto/2017. Hoje ela tem um espaço pensado com muito carinho e uma equipe de AT´s que são mais que colegas de profissão são parceiros de trabalho que fazem a diferença na vida de cada paciente. “Acredito que ainda há um longo caminho a percorrer, muito a aprender e a compartilhar, mas acredito que estou no caminho certo e agradeço a todos os Pais e Mães que escolhem a Envolvere.”
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Como é realizada uma sessão com base na ABA?
Bom, primeiramente precisamos lembrar que ABA é uma sigla em inglês que se refere a Análise do Comportamento Aplicada e que ela é uma ciência, e por isso pode ser amplamente utilizada em diversas áreas, mas aqui especificamente estamos falando de sessões de intervenção para pessoas com TEA e/ou DI, diante destes pontos podemos pensar em três aspectos fundamentais.
1. Não há aprendizagem sem motivação, por isso toda Intervenção antes de ser iniciada precisa ser planejada, e isso inclui às motivações de cada um. Se o paciente gosta de bolhas de sabão, vamos usar sua motivação, mas também vamos ensinar que é possível brincar/gostar de outros itens.
2. Os registros são contínuos sejam sessões estruturadas ou incidentais, também chamadas naturalistas, eles são qualitativos e quantitativos, pois precisamos mensurar em dados a evolução de cada um para diferenciar se a evolução é realmente em decorrência da intervenção, ou se é algo aprendido ou desenvolvido devido outro repertório.
3. Os objetivos de ensino são planejados com base no Plano de Ensino Individual e por isso, não podem ser iguais de uma pessoa para outra, podem haver objetivos em comum de fases do desenvolvimento, mas cada individuo é único e por isso o planejamento da intervenção também, por isso cada pessoa que está na equipe deve ter uma preparação para executar determinadas tarefas, conforme orientação da Comissão de desenvolvimento atípico da Associação Brasileira de Medicina e Psicologia Comportamental (ABPMC).