A retomada das atividades presenciais e seus desdobramentos emocionais
O isolamento social, da forma vivenciada no último ano, pode levar a um estado depressivo em diversas fases da vida. Na adolescência esse impacto pode ser ainda maior. Para além do contato físico com outras pessoas, existem outros pontos de atenção que influenciam na saúde mental.
O excesso de informações, a auto exposição excessiva na internet (através da rede social), entre outros, podem resultar em episódios de ansiedade e depressão em adolescentes. Outros transtornos, como o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), que costuma surgir na infância, pode ter um aumento significativo durante o período de isolamento social, bem como em fase posterior à ele, na readaptação da vida social.
O retorno à socialização, à vida escolar de maneira presencial e a retomada das atividades após o período de isolamento pode trazer dificuldades para o indivíduo, em especial os que estão em uma fase tão marcada por mudanças e autoquestionamentos como a adolescência.
Nesta fase de readaptação à rotina é comum observar também episódios de irritabilidade, dificuldade para dormir, impaciência no trato familiar, dificuldade de concentração, desânimo, dentre outros sintomas.
É muito importante perceber quando estes sinais ultrapassam a barreira do “habitual” do adolescente e procurar uma ajuda profissional para que este adolescente compreenda e supere as dificuldades encontradas.
A saúde mental ainda é um tabu entre muitos adultos, por isso se faz tão necessário normalizar o assunto entre crianças e adolescentes em geral, de modo a eximir as barreiras na busca de ajuda.
Se a conversa em casa e o convívio com os amigos não forem o suficiente para amenizar a carga mental, talvez seja o momento de expandir a busca por ajuda e procurar um especialista.