A incontinência urinária - perda involuntária de urina - é um problema comum e muitas vezes constrangedor. A gravidade varia: em alguns casos, a pessoa não consegue segurar a urina ao fazer esforços como tossir ou espirrar, em outros casos, a vontade de urinar é tão súbita e forte que não dá tempo de chegar a um banheiro. A incontinência urinária atinge 10 milhões de brasileiros de todas as idades, sendo duas vezes mais comum no sexo feminino, afetando também o masculino, porém um número menor. É um problema que pode afetar todas as faixas etárias. E muitas vezes essa perda pode variar de acordo com os tipos, e histórico de vida do paciente.
A fisioterapia pélvica é reconhecida como a primeira linha de tratamento conservador dessa disfunção. Os músculos do assoalho pélvico têm a responsabilidade no suporte dos órgãos (bexiga, útero e intestino), na continência urinária e fecal, A fisioterapia tem uma importante atuação na prevenção e tratamento da incontinência urinária, promovendo uma melhor conscientização corporal e perineal, propriocepção perineal, reeducação vesical e da musculatura do assoalho pélvico, bem como melhora dos tônus musculares perineais. As principais estratégias fisioterapêuticas utilizadas para a prevenção e tratamento da incontinência urinaria incluem, uroterapia, treinamento muscular do assoalho pélvico eletroestimulação e biofeedbak, além de outros recursos que serão adicionados de acordo com o tipo de incontinência e sintomas do paciente.
Diante de qualquer tipo de incontinência a uroterapia auxilia no tratamento, porém depende da participação ativa do paciente. A intervenção comportamental inclui estratégias para diminuir sintomas da incontinência urinária. É utilizado orientações sobre micções de horário; aumentar os intervalos entre as micções gradualmente, ensinar o paciente a suprimir o desejo miccional até chegar ao banheiro com sucesso; orientar sobre consumo de líquido; ingestão de fibras adequadas; reduzir alimentos que irritem a bexiga e provoque urgência.