Por ser um órgão completamente exposto, a pele torna-se nosso primeiro cartão de visitas e por meio dela, muitas vezes, manifestamos nosso estado de espírito.
Sabe-se que no período de formação embrionária, pele e sistema nervoso originam-se do mesmo folheto, a ectoderme. Este fato pode explicar a associação entre alterações do estado emocional e o surgimento ou piora de algumas doenças cutâneas. Sentimentos de angústia, ansiedade, frustrações e tantos outros, podem acarretar o desencadeamento ou piora de diversas dermatoses.
Muitas doenças são desencadeadas por fatores genéticos, mas podem sofrer influências ambientais no seu curso (nisto incluem-se influências emocionais), como por exemplo, dermatite atópica, dermatite seborreica, psoríase, líquen simples crônico, vitiligo, eczema disidrótico, acne vulgar, líquen plano, alguns tipos de prurido (coceira) dentre outras. Nestas afecções, o estresse emocional certamente exerce papel primordial no ínicio ou agravamento do quadro clínico.
Existem ainda, casos de lesões causadas por problemas psíquicos, em que os pacientes se automutilam mesmo que inconscientemente, como ocorre na dermatite artefacta ou na tricotilomania. Nestes casos, o diagnóstico pode ser mais difícil pois, muitas vezes, exige sensibilidade e uma abordagem global do paciente por meio do examinador. A maioria destas doenças requer acompanhamento multidisciplinar e, muitas vezes, o médico é o profissional que tem o primeiro contato com o paciente, podendo assim auxiliar no direcionamento terapêutico.
Portanto, esteja atento aos sinais da sua pele e procure sempre um médico de sua confiança para te auxiliar. Desta forma, o diagnóstico pode ser estabelecido o quanto antes e assim, uma melhora significativa na sua qualidade de vida pode ser alcançada.