Importante salientar que muito raramente será necessário a retirada do útero como forma de tratamento, a não ser quando for detectado a presença de uma lesão maligna neste órgão.
Um dos grandes problemas que aflige a mulher ao longo de grande parte da sua vida, está relacionado a menstruação: ou por ter sangramentos menstruais anormais ou dor importante. A característica normal da menstruação da mulher é de sangramento com intervalo de 25 a 30 dias e com duração de 3 a 5 dias. A cólica ou dor na menstruação é muito variável de pessoa para pessoa.
Quando uma mulher está apresentando sangramentos anormais, seja com fluxo prolongado (maior tempo de sangramento) ou quando ela estiver menstruando uma quantidade maior de fluxo, as vezes até com coágulos (pedaços de sangue), ou quando estiver tendo dor na menstruação, deverá procurar um especialista.
O ginecologista irá analisar a causa deste sangramento anormal, avaliando o histórico da paciente, o exame físico e exames complementares, como ultrassom e dosagens hormonais, quando necessários. Estes exames vão poder distinguir se as causas são hormonais ou de origem orgânica, que também podem alterar a menstruação como por exemplo, alterações do útero (miomas) e pólipos ou mais raramente doenças malignas.
Quando estamos diante de um problema uterino que não se estabelece com exame ultrassom, podemos realizar um exame chamado histeroscopia que é a avaliação do interior do útero com uma câmera. Realizado sem a necessidade de internação hospitalar, nem anestesia e que possibilita diagnosticar a maioria dos problemas orgânicos como miomas ou pólipos.
De acordo com a origem da disfunção destes sangramentos, será estabelecido o tratamento mais adequado: se o problema for de origem hormonal, a correção provavelmente será com medicamentos, mas se a disfunção for de origem orgânica, como miomas ou pólipos, esta será cirúrgica. No entanto, as cirurgias são realizadas de maneira pouco invasivas, com a finalidade de preservar e respeitar ao máximo o organismo da mulher.
Hoje também contamos com tratamentos através de dispositivos intra uterinos (DIU). Cabe ressaltar que o tratamento hormonal é individual para cada caso e bastante complexo, pois é preciso que o especialista analise diversos fatores da paciente e não exclusivamente um resultado de exame.