O brincar é essencial para a vida da criança. Os adultos se encantam quando elas estão dando cambalhotas, sorrindo e pulando, em seu mundo imaginário de faz de conta. A criança através do brincar expressa sentimentos, emoções e traumas, trazendo do inconsciente para o consciente suas experiencias vividas. Através do brincar, a criança desenvolve sua autonomia, diante de objetos, sua personalidade e compreensão do mundo a sua volta e suas regras, desenvolve suas habilidades físicas, habilidades motoras e linguagem. De acordo com Vigotski (198, p.35): O brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças e adultos. É de suma importância que cada criança viva de acordo com sua faixa etária, que a sua maturação aconteça de forma apropriada, que seus pais permitam viverem suas brincadeiras e não venha impedir o brincar, mas que façam parte dessa construção do ser, fazendo parte do mundo faz de conta de seus filhos.
Brincadeiras são linguagem não verbais nas quais as crianças expressam mensagens, mostrando sua forma de enxergar e interpretar o mundo. A ludoterapia é uma ferramenta poderosa e eficiente na psicoterapia, e a forma natural do brincar, através dela a criança entende seu mundo interior, na maioria das vezes as crianças aceitam com facilidade as terapias pelo fato de estarem brincando e adquirem confiança no terapeuta. O ambiente terapêutico deve estar devidamente preparado para acolher a criança, com instrumentos e espaços que possam ser explorados e utilizados por ela, tornando agradável e espontâneo o brincar da criança, e o observar do psicoterapeuta. A criança com (TEA) Transtorno do Espectro do Autismo se desenvolve a partir do outro, precisam ser ensinadas, e estimuladas a todo tempo de maneira adequada, é necessário a redução de estereotipias e comportamentos inadequados, para que ela consiga através do observar, aprender novas habilidades aliviando assim suas tensões e promovendo sensação de bem estar. Se uma criança autista for estimulada pela família, amiguinhos de escola, ela viverá os mesmos momentos que as outras crianças, em meio o brincar quem ali é ou não é autista, são apenas crianças brincando!