A cirurgia ortognática é um procedimento executado pelo cirurgião bucomaxilofacial, um especialista da área odontológica.
É conhecida por modificar a posição do maxilar, queixo, dentes e gengiva, alterando consideravelmente a fisionomia dos pacientes.
É indicada para pacientes com alterações de crescimento ósseo dos maxilares, que causam deformidade na face e alterações na mordida, sem possibilidade de resolução do problema somente com aparelhos ortodônticos convencionais.
Tais deformidade podem ou não provocar dores na musculatura ou nas articulações da face.
Na maioria dos casos, a cirurgia é realizada por dentro da boca e, raramente, é feita com corte no rosto. O procedimento consiste basicamente em "soltar" o maxilar superior, o inferior (mandíbula) ou o queixo e, às vezes, todos eles. A fixação na nova posição é feita com placas e parafusos geralmente de titânio.
O tratamento com aparelhos ortodônticos antes da cirurgia é necessário, pois se os dentes estiverem desalinhados, com alturas diferentes ou tortos, será difícil fazer o encaixe na posição correta durante o procedimento.
A cirurgia está sempre voltada para questões funcionais: quando os pacientes sentem dores, não conseguem morder direito, respiram pela boca, roncam, etc. Porém, muitos pacientes têm dificuldade de se relacionar por se sentirem socialmente diferentes, em função do queixo mais para trás ou para frente. Neste caso, a questão estética torna-se importante.
Não causa dores no pós-operatório, sendo o inchaço o maior desconforto. É necessário repouso nos primeiros 20 dias, assim como a ingestão apenas de alimentos líquidos e pastosos. O retorno à função mastigatória normalmente, será depois de aproximadamente 50 dias.