Em psicologia, o cuidar do outro, do sofrimento, envolve técnicas, habilidades, conhecimento cientifico e também muito amor. Implica em autoconhecimento, auto cuidado;
A gente fala muito sobre o amor e prazer que nos desperta, com aquilo que faz sentido existencial, mas em nossos dias existem desafios que traz questionamentos quando vemos as dores difíceis de lidar, e você está ali presente com aquela família e seu ente querido. Ai vem a pergunta; Por que escolhi esse lugar de sofrimento, de cuidar do outro no momento mais difícil de sua vida.
A vida e um sistema instável à qual se perde e reconquista o seu equilíbrio, cada instante.
Ao entender que somos finitos, passamos a compreender tudo aquilo que realmente importa.
Somos o todo. Cuidar da dor física e aliviar o sofrimento, diminuir o estresse, a tristeza. Cuidar do sofrimento psíquico alivia as dores físicas, os desconfortos, a dispneia…lembrando a importância da saúde mental.
Atualmente percebemos uma falta de empatia e compaixão com a maneira como cada um vivencia a dor do outro. Nem sempre e fácil, mas também nem sempre será tão difícil.
A satisfação por compaixão que ocorre quando experimentamos a alegria por ajudar outrem, nos gratifica, porem como seres humanos não podemos negligenciar nosso auto cuidado.
Entre uma correria e outra, e pausas, seguimos pertencendo ao fazer da psicooncologia uma vivencia de entrega, entre o vibrar em momentos de resiliência de um paciente e ficar com o coração apertado pelo sofrimento de outros.
Assim, a gente vai auxiliando o paciente a encontrar estratégias de enfrentamento, reconhecer, aceitar e manejar os pensamentos para atravessar o adoecimento de maneira digna, respeitosa e humanizada.