Dor crônica é uma doença debilitante com consequências nefastas para a condição física, psicológica e o comportamento. Seus portadores desenvolvem depressão, lembranças e sensações de perda, precisando de suporte emocional para superar a doença. “Dor e sofrimento costumam estar associados, mas não são sinônimos. A dor é sentida quando sinais nervosos carregados de informações chegam ao cérebro e o sofrimento se estabelece a partir dos inúmeros significados pessoais, históricos e culturais que cada indivíduo atribui a essas informações. Desse modo, por ser essencialmente subjetiva, a dor é percebida e comunicada de maneira única por cada indivíduo, assim como o sofrimento associado”.
Muito dos trabalhos dos psicólogos se concentram na prevenção e na redução desse sofrimento diante da realidade transtornada pela dor. Muitos pacientes que sofrem de dores crônicas, como: fibromialgia, dores neuropáticas, doenças reumatológicas, dor lombar crônica, cefaleias, dores disfuncionais e câncer; se beneficiam do tratamento psicológico para amenizar o quadro que se instala de desesperança e depressão ao conviver com a dor no dia a dia.
A dor provoca, naturalmente, respostas ansiosas porque funciona como sistema de alerta, desencadeando reações de luta e fuga. Sendo persistente, promove respostas depressivas, pois o sofrimento inicial do indivíduo evolui pela ausência de melhora do quadro doloroso, gerando sentimento de desesperança e medo.
A Terapia Cognitivo-Comportamental no tratamento de pacientes com dor crônica, além de focar questões emocionais de sua vida psíquica, auxilia estes pacientes a se tornarem capazes de avaliar o impacto, que pensamentos e sentimentos negativos de dor provocam na manutenção de comportamentos inadequados, encorajando-os a desenvolver recursos para aprenderem a lidar com a dor, ou seja, a desenvolver habilidades de enfrentamento, melhorando o humor e a qualidade de vida do indivíduo.
No tratamento psicológico, o paciente aprende a identificar pensamentos disfuncionais (que causam sofrimento), interpreta a relação desses pensamentos com as emoções e com as ações corporais. Em uma segunda etapa, aprende a trocar os pensamentos disfuncionais, alterando as respostas emocionais e fisiológicas, facilitando a autorregulação da dor. A terapia ajuda o paciente a enfrentar e se adaptar a resposta da dor, melhorando a qualidade de vida.