O câncer de próstata é o segundo câncer mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Estima-se que, no ano passado, 68.800 novos casos de câncer de próstata tenham sido descobertos no Brasil, com um registro de 13.772 mortes.
Agora, se você recebeu o diagnóstico de tumor na próstata, o que fazer? A cura é possível? Qual o melhor tratamento? Quem responde é o cirurgião urologista Fernando Borges Ribeiro, do Serviço de Uro-Oncologia do Hospital de Câncer de Rondonópolis, pioneiro na cidade em prostatectomia radical videolaparoscópica.
A remoção cirúrgica da próstata é o tratamento com maior índice de cura existente para o tratamento do câncer em pacientes com expectativa de vida com mais de 10 anos e com tumores restritos à próstata, ou seja, sem indícios de metástase.
O objetivo primário da cirurgia é a remoção do câncer, buscando a cura em mais de 90% dos casos. Em segundo plano, buscamos diminuir o sofrimento e as complicações oriundas da cirurgia convencional, ou seja, a preservação da continência urinária, da função sexual do paciente, menor dor pós-operatória, menor sangramento, melhor resultado cosmético e retorno mais rápido ao trabalho.
A prostatectomia radical videolaparoscópica é um procedimento minimamente invasivo que oferece um grande benefício aos pacientes, pois remove a glândula através de pequenos orifícios no abdome, com o auxílio de uma câmera que aumenta a imagem em cerca de 16 vezes. A técnica proporciona menor sangramento, menor tempo de internação, menor dor pós-operatória, menor risco de infecção, retorno mais precoce ao trabalho e melhor resultado estético. Essa cirurgia pode ser ainda mais precisa e refinada, obtendo-se melhores resultados, quando se associa o uso do robô (cirurgia robótica), método disponível em alguns hospitais de ponta no país.
O tratamento cirúrgico para o câncer de próstata é realizado há mais de anos pela equipe do Hospital do Câncer de Rondonópolis e, desde 2012, esse procedimento passou a ser realizado pela via laparoscópica, trazendo melhores resultados e menores efeitos colaterais no tratamento.