AUTISMO em ADULTOS

De repente, AUTISTA: Autismo e a descoberta tardia!

O Transtorno do Espectro Autista é um transtorno do neurodesenvolvimento de início precoce com diferentes níveis de severidade, que resultam em diferentes oportunidades de tratamento e alcances de caráter interventivo. Estudos apontam que quanto mais precoce for o diagnóstico e a intervenção maiores são as chances de desenvolvimento promissor e esvaecimento de alguns comportamentos típicos do transtorno. As chamadas “janelas de oportunidades” nos primeiros anos de vida, períodos em que o aprendizado de determinadas habilidades acontece de maneira mais facilitada quando a criança é exposta a estímulos e experiências para determinado aprendizado. Como características principais do autismo, podemos citar prejuízos na comunicação e interação social, além de padrões restritos e repetitivos seja de comportamentos ou de interesses de acordo com o DSM-5.

Apesar de ser uma condição identificada na maioria das vezes ainda na infância, o autismo vem sendo diagnosticado com cada vez mais frequência em adultos. Fato motivado principalmente devido ao grau de acometimento mais sutil do autismo nesses indivíduos, podendo passar imperceptível. Por isso, muitos convivem com o autismo por décadas, muitas vezes com suas dificuldades, sem saber que está dentro do espectro. Isso ocorre porque eles não apresentam deficiência intelectual, atrasos de linguagem e conseguem levar uma vida autônoma e independente, contudo, podem ter dificuldades específicas de interação social e no comportamento. É comum que essas pessoas tenham passado a vida toda se sentindo mal, de certa forma consigo mesmas, com dificuldades de se relacionar com as pessoas a até mesmo sendo julgada por seus comportamentos e acabavam se isolando ou sendo isoladas.

Desta forma, fique atento a alguns sinais e sintomas do TEA na vida adulta:

- Apego exagerado a rotinas, pouca flexibilidade para mudanças e muita dificuldade para lidar com situações novas;

- Sintomas de ansiedade, depressão e baixa autoestima com mais frequência do que adultos SEM TEA;

- Hiperfoco quando trabalham intensamente em coisas que lhes interessam;

- Dificuldade de compreender situações ou diálogos que envolvem expressões de duplo sentido;

- Discurso direto e sincero, mesmo que possam magoar alguém;

- Não parece se importar em estar fora de sintonia ou em um “mundo diferente” dos outros;

- Dificuldade para iniciar ou responder a interações sociais;

- Comportamentos repetitivos, tais como agitar as mãos ou balançar o corpo.

Se você se identifica com os sintomas acima não deixe de procurar ajuda especializada. Nunca é tarde para lidar com suas dificuldades, ter mais qualidade de vida e ressignificar sua história.