Apesar de popularmente conhecida como “cotovelo do tenista”, a epicondilite lateral é uma doença com características degenerativas que não atinge apenas quem pratica o esporte e pode ser mais frequente em pessoas que não são atletas. Movimentos repetitivos também podem inflamar os tendões causando a dor no osso do lado de fora do cotovelo, chamado epicôndio lateral. Essa dor piora com movimentos de extensão do punho ou dedos e ao agarrar objetos.
A doença é mais comum em pessoas com mais de 35 anos e a causa é o desgaste dos músculos extensores do antebraço que se ativam quando estamos segurando algo, como um simples copo d’água ou no caso dos esportistas, uma raquete de tênis. Quando ocorre a sobrecarga e desgaste da região pode ocorrer fissuras ou micro lesões no tendão, iniciando o processo inflamatório. Alguns fatores de risco para desenvolver a doença são a prática de esportes como golfe e tênis, ocupações que requerem extensão repetitiva com o punho fechado, desequilíbrio da força muscular e flexibilidade diminuída.
Os principais sintomas da doença são dor:
- Dor no cotovelo com piora progressiva;
- Irradiação da dor da parte externa do cotovelo para o antebraço e para as costas da mão, principalmente ao segurar ou torcer alguma coisa;
- Fraqueza;
- Rigidez muscular;
- Sensibilidade na região afetada.
Diagnóstico e tratamento
Exames podem ajudar a identificar a patologia, mas como ela pode ser confundida com outras doenças na mesma região, o ortopedista especialista em ombro e cotovelo é o profissional mais capacitado para realizar o diagnóstico. A epicondilite lateral é uma doença autolimitada, o que significa que ao parar de provocar a lesão, ela se cura sozinha.
A cirurgia pode ser realizada por via artroscópica (vídeo) ou aberta. Em ambos os casos, a atuação do cirurgião ortopedista consiste em retirar o tecido cicatricial inflamatório e reconstruir o tendão lesionado. A recuperação após o procedimento cirúrgico leva alguns meses e em aproximadamente 90% dos casos é obtido sucesso com a completa remissão dos sintomas. No caso de atletas, o retorno à prática esportiva é indicado de maneira gradual e com algumas orientações do médico, como alongamento e exercícios de fortalecimento recomendados para os músculos extensores do punho.