Gastrite é a inflamação da mucosa interna do estômago que provoca dor, azia e queimação na parte superior do abdome. Perda do apetite, náuseas e vômitos também são sintomas, além da sensação de má digestão (empachamento) e gases.
Ela pode ser aguda (que se manifesta de repente) ou crônica (que se desenvolve lentamente). Ambas podem acometer todo o estômago ou parte dele levando a inflamação que pode variar de leve a intensa, podendo ou não ser acompanhada de lesões mais profundas na mucosa gástrica que chamados de erosão (quando bem pequenas) ou úlceras (quando maiores), e que podem levar a sangramentos ou doenças mais graves. Porém, por sorte, a maioria dos pacientes não desenvolvem manifestações mais graves, apesar da intensidade dos sintomas.
As principais causas de gastrite são: uso de anti-inflamatórios e AAS, infecção pelo Helicobacter Pylori, consumo exagerado de álcool, tabagismo, refluxo biliar, má alimentação, envelhecimento, entre outras.
Nervosismo, estresse ou ansiedade não causam gastrite, mas podem estimular a produção de ácido e tornar o indivíduo mais sensível à ação dele. Em outros casos pode haver sintomas semelhantes, mas não haver lesões na mucosa do estômago, então chamamos essa doença de dispepsia funcional.
O diagnóstico é feito baseado na história clínica e nos sintomas do paciente na maioria dos casos. Quando necessário a endoscopia digestiva alta com biópsia é o exame de escolha para avaliar complicações e a infecção pelo H. Pylori.
O tratamento inicialmente é feito com a correção dos fatores causais como tratamento do H. Pylori, suspensão das medicações ou álcool além do uso de medicamentos que diminuem ou bloqueiam a produção de ácido pelo estômago.
Recomendações para os portadores de gastrite
• Realizar ao menos 3 refeições ao dia e evitar refeições volumosas;
• Mastigar bem os alimentos;
• Não fumar;
• Não beber;
• Evitar uso de medicação sem prescrição médica;
• Dar preferência ao consumo de frutas, verduras e carnes magras e evitar consumo de alimentos industrializados;
• Em caso dos sintomas persistirem por mais de 10 dias procurar um médico.