O coronavírus, responsável pela atual pandemia vivida no mundo atualmente, pode acometer alguns grupos de forma mais intensa e grave, com risco de desenvolvimento da COVID-19 com evolução fatal.
Estes grupos incluem: Idosos, gestantes, portadores de doenças respiratórias, renais, cardíacas, diabéticos, hipertensos, imunossuprimidos, pacientes com doenças hematológicas como anemia falciforme, pacientes em uso de corticoides (corticoterapia) para tratamento de doenças (como Purpura Trombocitopênica Idiopática, mielodisplasias, entre outros) e pacientes em realização de quimioterapia (leucemias, linfomas, mielomas).
A esses pacientes o ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde, orientam manter isolamento social restrito e procurar o sistema de saúde se os sintomas gripais forem presentes.
As Sociedades de Hematologia e Oncologia, orientam a manutenção do tratamento para os pacientes que estão em quimioterapia. Visto que o risco do atraso das medicações, podem também colocar a vida do paciente em risco, seguindo essa orientação, os pacientes devem comparecer aos centros de infusão de quimioterápicos, tomando todos os cuidados orientados com o uso de máscaras, higienização das mãos com água, sabão ou álcool gel.
Essa programação sobre início e manutenção do tratamento deve ser feita em conjunto com o médico assistente, e programada no centro de tratamento do paciente.
Atualmente a hemoterapia, área da hematologia que cuida das terapias transfusionais, é responsável pela execução de uma nova forma de tratamento da COVID-19, com a produção do plasma convalescente. Apesar de dados pequenos na literatura, esta terapia tem trazido esperança, pois mostrou resultados animadores quando infundido em pacientes graves. A terapia com “plasma convalescente” envolve a retirada de sangue de um doador – no caso, de um paciente que tenha se recuperado da covid-19, que esteja em boas condições de saúde e atenda aos critérios de doação de sangue. Essa coleta do sangue é realizada através de uma máquina para a extração do plasma, em um processo chamado plasmaférese. Assim, somente a parte amarela do sangue (plasma) é coletado, retornando para o doador o sangue (parte vermelha). O plasma retirado do doador é o chamado: ‘’ plasma convalescente’’. O processo leva cerca de 90 minutos para ser realizado e o plasma do doador pode então ser utilizado para tratamento.
Esses doadores precisam esperar pelo menos 14 dias depois do término dos sintomas, antes de doar o sangue para a obtenção do plasma. A base de funcionamento dessa terapia consiste em que os sobreviventes da covid-19, produzem anticorpos na corrente sanguínea, que são tipos de proteínas produzidas pelo sistema imunológico do indivíduo infectado para combater o vírus. Quando eles são transfundidos em um paciente que esteja com COVID-19 grave, tem mostrando melhora na recuperação da doença e se tornou uma esperança para todos. Em Cuiabá, estamos habilitados para a realização do procedimento.