Insuficiência renal crônica é uma doença caracterizada pela perda das funções dos rins, levando ao acúmulo de toxinas no sangue. Sua evolução costuma ser lenta, pois nosso organismo vai se adaptando, fazendo com que não tenhamos sinais ou sintomas até fases avançadas da doença.
E uma doença silenciosa, o paciente pode descobrir que precisa de diálise sem nem sequer apresentar sintomas. O volume de urina também não é um bom indicador do bom funcionamento dos rins. Como a perda de função é lenta, o rim adapta-se, e a capacidade de eliminar água mantém-se estável até fases avançadas da doença.
Alguns sintomas podem aparecer em pacientes em fases avançadas: cansaço aos esforços por apresentarem anemia, aumento da pressão arterial, náuseas e vômitos, perda do apetite, emagrecimento, falta de ar, hálito forte (com cheiro de urina) e edemas generalizados.
Como não há sintomas na maioria dos casos, a insuficiência renal crônica só pode ser detectada precocemente através de exames laboratoriais. O exame utilizado é a dosagem sanguínea da ureia e da creatinina. Quando os rins começam a perder função, seus valores sanguíneos se elevam.
Diversas doenças podem levar a perda das funções dos rins:
Hipertensão arterial;
Diabetes mellitus;
Doença policística renal;
Glomerulonefrites;
Infecções urinárias de repetição;
Cálculos urinárias de repetição;
Mieloma múltiplo;
Lúpus;
Abuso de anti-inflamatórios;
Doenças obstrutivas dos rins como bexiga neurogencia, válvula de uretra posterior, estenose da junção uretero- -pielica, refluxo vesico ureteral;
Anemia Falciforme;
Aterosclerose das artérias renais;
Tumores renais;
Gota grave;
Amiloidose.
Se você tem qualquer uma das doenças acima, é imprescindível que faça um acompanhamento regular da sua creatinina. Pelo menos uma vez por ano deve-se dosar a creatinina, a ureia e realizar um exame de urina. O encaminhamento precoce para o médico nefrologista pode retardar a evolução da doença.
A insuficiência renal crônica é uma doença incurável. Também não existe um remédio que faça os rins voltarem a funcionar bem.
O objetivo do tratamento da IRC é impedir o avanço da doença e desacelerar a taxa de perda da função renal através de:
Acompanhamento regular da função renal com nefrologista;
Controle vigoroso da pressão arterial, valores acima de 140/90 mmhg aceleram a perda da função renal;
Controle rigoroso do diabetes, manter a glicemia de jejum < 120mg/dl e após as refeições < 140mg/dl;
Não fazer uso de anti inflamatório;
Fazer acompanhamento adequando de doenças que podem contribuir para o mau funcionamento dos rins como cirrose e doenças cardíacas.