Médica cuiabana, seguidora do neuropsiquiatra austríaco Viktor Frankl, fala sobre a importância do sentido da vida para a saúde
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como: “um estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental, espiritual e social e não meramente a ausência de doença”. A cardiologista cuiabana, Suzana Palma, há alguns anos se dedica ao estudo das questões que relacionam a saúde como resultado de uma vida com sentido, um plano existencial amplo de prevenção, proteção e sustentação da vitalidade plena de uma pessoa.
“Na minha prática do exercício da nobre arte da Medicina, encontrei diversos pacientes que além da doença somática sofriam enormemente de ansiedade, transtornos de pânico, depressão em graus variáveis, e com um adoecimento familiar associado”, conta Suzana Palma. Estudiosa e seguidora do neuropsiquiatra austríaco Viktor Frankl (1905-1997), entende que a sanidade não é apenas somática e psíquica, mas sanidade somática associada à psíquica, ética e ainda permeada pelo social.
O austríaco Viktor Emil Frankl (26/02/1905 – 02/09/1997) foi neurologista, psiquiatra, filósofo, autor e sobrevivente do holocausto. Fundou a Logoterapia, uma escola de psicoterapia que descreve a procura pelo sentido da vida como o centro motivador da força humana. Logoterapia é a parte da teoria existencial e humanística da Psicologia.
Logoterapia – Frankl identificou três maneiras principais de perceber o significado da vida: fazendo a diferença no mundo, tendo experiências particulares ou adotando atitudes particulares. A Logoterapia é uma abordagem com foco no plano existencial individual onde se promove saúde através de prevenção e cuidados regulares. “O foco é a saúde com a dimensão existencial do ser humano. O indivíduo é tratado nesta ótica, desviando o foco da doença”, explica Suzana.
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Dia da Mulher
Vida dedicada à Medicina e ao ensino médico
conquista posição no mundo executivo
Suzana Palma atua em assistência médica a pacientes cardiológicos, em Unidade de Terapia Intensiva, Gestão de Saúde e Cooperativa. Mulher, cuiabana, afro-descendente, filha de um pedreiro e uma dona de casa, formada em Medicina aos 23 anos, casada, ela celebra o Dia Internacional da Mulher à frente da Diretoria Financeira Administrativa da 4ª maior empresa do Mato Grosso – a Unimed Cuiabá, onde também já foi Diretora de Mercado. Desde 2020, exerce ainda o cargo de Conselheira de Administração da Federação Unimed MT.
Diariamente, a cardiologista divide sua dedicação entre UTI’s hospitalares, na linha de frente do combate ao coronavírus, e o seu gabinete de executiva na Cooperativa. “São dois ambientes completamente diferentes, mas ambos exigem a mesma capacidade de tomar boas decisões, de maneira rápida, para a busca do melhor resultado”, compara. No caso médico, o empenho profissional está direcionado a busca do interesse maior do outro – a própria saúde. Já na Unimed Cuiabá, há a saúde de mais de 215 mil clientes e a rentabilidade do negócio.
Desde que assumiu como única mulher na Executiva da Cooperativa, Palma enfrenta as adversidades impostas pelo cenário de crise econômico que se abateu sobre o país e foi agravado pela pandemia de codid-19. “Temos a marca mais forte do segmento de saúde do país, mas em um mercado tão impactado por mudanças significativas determinadas por investimentos, inclusive internacionais, é preciso muito preparo e coragem na definição de rumos, principalmente,” avalia a Suzana Palma.
Na visão dela, a pandemia desafia brutalmente todo o mercado de saúde, principalmente as operadoras, como a Unimed Cuiabá. Como titular da diretoria administrativo -financeira, é responsável pela gestão orçamentária e do planejamento estratégico da empresa. Palma avalia que o trabalho é de exercício constante de inteligência, informação, criatividade e discernimento. “Neste cenário, o que foi planejado permanece em constante análise e passível de adequações conforme as exigências sociais e de mercado”, explica.
As dificuldades da instabilidade econômica e a crise de saúde determinada pela pandemia compõem uma situação jamais vivida no planeta. “Apesar disso, a gestão da Unimed Cuiabá, capitaneada pelo diretor Presidente Rubens Carlos de Oliveira Junior conseguiu manter sua sustentabilidade e garantir a segurança de nossos clientes quanto ao atendimento assistencial”, finaliza Suzana Palma.
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Unimed Cuiabá revê posicionamento no
mercado e se prepara para o futuro
Transparência, integridade e compromisso definem bem a atual Unimed Cuiabá. Com 45 anos de história, 1417 médicos cooperados e mais de 210 mil clientes, a Cooperativa de saúde é sinônimo de qualidade no atendimento a beneficiários de 18 municípios da baixada cuiabana.
Em todo o Brasil, saúde suplementar está sofrendo a mais impressionante transformação da sua história, com compras de grandes corporações e fusões milionárias. Nada fácil para o sistema cooperativista concorrer com empresas que lançam ações na bolsa de valores e, se capitalizando também se capacitam a novo e mais forte posicionamento no mercado.
Neste cenário de disruptura, a Unimed Cuiabá foca seus projetos e investimentos mais importantes na verticalização de seus serviços, com ampliação da estrutura própria de atendimento em novas frentes assistenciais.
Até então, os recursos verticalizados compreendiam o Pronto-Atendimento, Centro de Especialidades Médicas, Diagnóstico por Imagens, Infusão de Biológicos e o Centro de Feridas, que funcionam no Centro Assistencial Unimed Cuiabá.
“O nosso atendimento próprio estava restrito a alguns serviços, o que funcionou bem até aqui, mas basicamente, percebemos que para enfrentar as mudanças também precisávamos mudar”, diz o médico patologista presidente da Unimed Cuiabá, Rubens Carlos de Oliveira Jr.
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Centro de Terapia de Estabilização e Intensiva
e Telemedicina fortalecem verticalização em 2020
Em 2020, a Unimed Cuiabá abriu três novos recursos próprios. Durante a pandemia, a necessidade de atender os pacientes remotamente fez com que fosse instituída o Telemedicina Ambulatorial Unimed Cuiabá, atendimento virtual prestado por médicos, com agendamento prévio. As especialidades atendidas são Clínica Médica, Pediatria, Cardiologia, Medicina de Família e Comunidade e Neurologia.
Impulsionado pelas necessidades que surgiram com a pandemia de coronavírus a Cooperativa implantou o Centro de UTI Unimed Cuiabá que funciona no Hospital Santa Helena, em Cuiabá, com dez leitos.
Além da UTI, foi instalado o Núcleo de Atendimento e Terapia de Estabilização, com plantão 24 horas e dez leitos. O Núcleo funciona no Pronto-Atendimento, no Centro Assistencial Unimed Cuiabá.
Laboratório e quimioterapia são próximas metas
O projeto de implantação do laboratório próprio já tem alvará de construção de sete dos nove pontos de coleta, que estarão em locais estratégicos da capital e Várzea Grande. A inauguração está prevista para o início do segundo semestre deste ano. Com equipamentos de ponta e com o que há de mais moderno em análises clínicas.
A área técnica do Laboratório Unimed Cuiabá, localizada na Barão de Melgaço, terá capacidade para realizar cerca de 500 mil exames por mês e gerará cerca de cem vagas de emprego.
Outro projeto de verticalização é na área de Oncologia, com iniciativas voltadas à Quimioterapia. A nova estratégia de mercado virá acompanhada de mudança no conceito de atendimento do paciente oncológico. A Unimed Cuiabá coordenará a jornada desse paciente, considerando todo o tratamento, incluindo assistência psicológica, nutricional e outros em linha multidisciplinar visando qualidade de vida.
Rede de Cuidados Continuados
RCC representa novo conceito em
atendimento de pacientes graves
Uma grande inovação da Unimed Cuiabá é a Rede de Cuidados Continuados RCC é um sistema composto por todas as modalidades de atendimento - hospitalar, ambulatorial e domiciliar, conduzido por equipes capacitadas para lidar com as demandas físicas e/ou psicossociais apresentadas por cada paciente. Estas modalidades estão inseridas em sistema completo em formato rede, com monitoramento, gerenciamento de risco, reabilitação de curto prazo e desospitalização moderna e segura.
São elegíveis para a RCC pacientes portadores de doenças graves e que necessitam de alta carga de cuidado como por exemplo: câncer, algumas doenças do coração, pulmão, fígado e rim, doenças neurológicas como demências, Parkinson, AVE (acidente vascular encefálico – derrame), dentre outras.
Familiares ou profissionais encarregados do cuidado de pacientes acamados recebem orientação psicológica e técnica para melhor desempenharem a função. “Tudo isso resulta em mais segurança para o médico assistente e familiares, além de aumentar a qualidade de vida do paciente”, explica o Presidente.