Osteoartrite é o mesmo que osteoartrose, artrose ou doença articular degenerativa. No conjunto das doenças agrupadas sob a designação de “reumatismos”, a osteoartrite é a mais frequente.
A artrose das articulações facetária em adultos é um evento que aumenta com o envelhecimento da população. A articulação facetária tem sido implicada como a fonte causadora de lombalgia em cerca de 15 a 45 % dos casos de dor lombar crônica.
O sintoma típico é a dor lombar crônica que pode ser uni ou bilateral, sendo capaz de irradiar para os MMII sem um padrão radicular, geralmente não ultrapassando os joelhos. O paciente normalmente refere alívio da dor com a flexão do tronco e relata piora com a extensão do tronco, movimentos rotatórios e atividades físicas.
A nutrição de uma articulação depende de sua atividade dentro de limites fisiológicos, a atividade funcional de uma junta é fundamental para a sua saúde. A inatividade excessiva é nitidamente prejudicial. Portanto, o sedentarismo, obesidade, doenças reumatológicas, genética, envelhecimento e tabagismo, são os principais fatores envolvidos na gênese da artrose da coluna.
Apesar de comum e fazer parte do processo natural de envelhecimento, a artrose na coluna deve ser tratada, pois pode se tornar crônica e levar a complicações mais sérias como limitação das funções, prejudicando a qualidade de vida. A doença pode afetar qualquer região da coluna (cervical, torácica, lombar, sacral) e causar dores na região afetada.
O tratamento clássico da artrite de coluna envolve a perda de peso, atividade física sob orientação, parar de fumar e uso de medicação analgésica e anti-inflamatória.
Nos casos em que o tratamento clínico falha e o paciente permanece com quadro álgico lombar ou cervical, muitas técnicas minimamente invasivas vêm ganhando espaço e se demonstrando efetivas no tratamento da dor lombar e cervical crônica; como é o caso da infiltração intra-articular da faceta, do bloqueio do ramo nervoso que supre a articulação facetária e a rizotomia percutânea por radiofrequência.
Esses procedimentos geralmente são realizados sob sedação leve, guiados por ultrassom ou radioscopia e duram em média de 30 a 45 minutos e permitem alívio imediato da dor e retorno precoce às atividades laborais e físicas.
Basicamente esses procedimentos podem ser realizados em todos os pacientes com artrose em coluna; a presença de doenças como hipertensão, diabetes, patologias da tireoide e rins não contraindicam o procedimento, sendo esses pacientes ricamente beneficiados pelo alívio da dor em coluna e subsequente redução do uso de medicação analgésica e anti-inflamatória.