Muito se fala sobre o tratamento cirúrgico das patologias do ombro, técnicas minimamente invasivas artroscópicas, cirurgia de fraturas, cirurgias abertas, porém, grande parte do sucesso do tratamento cirúrgico depende da reabilitação, de uma boa fisioterapia, da adesão ao tratamento.
Quando falamos em reabilitação, não é apenas responsabilidade do fisioterapeuta, demanda também muita disciplina e empenho do paciente em realizar exercícios e tarefas em casa, orientadas pelos profissionais.
A cirurgia do ombro requer um longo tempo de recuperação, devido ao tempo de cicatrização dos tecidos, a ansiedade tanto dos pacientes quanto do reabilitador, geram angustias, que muitas vezes além do aumento de dor, causam a desistência desta fase muito importante para o sucesso do tratamento.
O ombro está sujeito à rápida instalação de um quadro de rigidez e atrofia muscular no período pós-operatório. É um complexo articular que precisa constantemente equilibrar duas forças aparentemente incompatíveis: mobilidade e estabilidade.
Dividimos em três fases principais: 1ª fase do ganho de mobilidade articular, 2ª ganho de força, 3ª ganho de resistência. Etapas fundamentais para o conseguirmos chegar ao objetivo.
Visitas frequentes ao seu médico no pós-operatório se tornam de extrema importância, para monitorar a reabilitação, ajustar exercícios, introduzir medicações quando necessário, explicações pertinentes, tudo para termos o melhor resultado possível, pois cada paciente deve ter seu tratamento individualizado.
Em média para voltar as atividades leva em torno de 4 a 6 meses após as cirurgias do ombro, claro que depende do que foi necessário ser reparado ou do tipo de cirurgia realizada, as lesões nunca são iguais e a recuperação também não.