A Cirurgia de Cabeça e Pescoço é uma especialidade médica nova no Brasil, onde a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço foi fundada em 1967, e desde então vem promovendo a divulgação da especialidade no país, bem como ampliação dos centros formadores pelo Brasil. De uma maneira simples, a área de atuação é da região orbitária até as clavículas, onde situam-se os seios da face, fossas nasais, boca, faringe (garganta), laringe (cordas vocais), tireoide, glândulas salivares, partes moles do pescoço.
E quando procurar um especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço? Quando apresentarem algum destes sintomas: lesões na boca que não cicatrizam por mais de 15 dias; disfagia (dificuldade para engolir) ou odinofagia (dor ao deglutir) por mais de 15 dias; disfonia (rouquidão) persistente ou dificuldade de respirar progressiva; nódulos ou aglomerado de nódulos em região cervical; nódulos em tireoide ou glândulas salivares (parótidas e submandibulares).
As patologias mais frequentemente tratadas pelo Cirurgião de Cabeça e Pescoço, são as doenças da tireoide. Em relação às alterações na produção do hormônio tireoidiano, temos o Hipo e o Hipertireoidismo. No Hipotireoidismo, tem-se uma produção do hormônio tireoidiano, abaixo dos níveis necessários para o organismo, o que pode levar a desânimo, cansaço, ganho de peso, dores musculares e articulares, unhas secas e quebradiças, queda acentuada de cabelo, e dependendo da intensidade da deficiência hormonal, até depressão. Já no Hipertireoidismo, onde se tem a produção aumentada do hormônio tireoidiano, pode apresentar como sintomas emagrecimento acentuado, taquicardia (coração disparado), agitação, insônia, pele quente e úmida, e a depender dos níveis aumentados do hormônio, pode apresentar associado quadro de exoftalmia (olhos “esbugalhados”). Juntamente a estes quadros de Hipo e Hipertireoidismo, pode-se apresentar aumento do volume da tireóide, difusamente (Bócio Difuso) ou com presença de nódulos (Bócio Nodular).
Quando há alterações da glândula tireoide (produção hormonal e/ou aumento de volume), deve-se realizar exames laboratoriais (sangue) para se dosar os hormônios, bem como US tireoide para se avaliar a textura ou presença de nódulos. Caso haja alterações na dosagem hormonal, deve-se realizar as correções com o inicio de medicamentos para repor a deficiência ou inibir a produção acentuada do hormônio tireoidiano. Caso haja alterações texturais, com a presença de nódulos, estes devem ser analisados individualmente, onde os nódulos mistos (porção sólida e porção cística) e sólidos, precisam sem puncionados através da PAAF (Punção Aspirativa de Agulha Fina) guiada por US para definição se são nódulos benignos ou malignos.