Ano passado, uma blogueira famosa disse que fez uma cirurgia da mama por que estava com contratura capsular!
Então muitas pacientes me mandaram perguntas a respeito do assunto. Assim, vamos tentar explicar de forma clara o que é esse problema.
A prótese de silicone é um corpo estranho é desta maneira este a reconhece como tal produzindo uma cápsula (uma camada de película) que na maioria da vezes é apenas suficiente para manter a prótese mais aderida ao tórax. O problema é quando o organismo não sabe a hora de parar essa produção.
Desta maneira está cápsula pode ficar tão rígida e espessa que pode levar a mama ficar com alteração do formato, ficando mais elevada de um lado que outro, e nos casos mais intensos o paciente pode ter dor.
O que pode ser feito para tentar evitar isso? Os estudos apontam para uso de antibióticos no intraoperatório, evitar hematomas ao máximo, usar próteses com microtexturas e até drenagens pós-operatórias.
Mas o que desencadeia esse quadro? Alguns estudos falam de infecções bacterianas, hematomas, alguns tipos de próteses e alguns fatores intrínsecos não detectáveis. E isso pode dar em qualquer momento do pós-operatório, só primeiro ano até vários anos depois, como 15 anos!
O diagnóstico é eminentemente clínico, mas pode ser complementado com ultrassom ou ressonância magnética da mama.
Quando o tratamento está indicado? Isso vai depender do estágio da patologia. Nos graus iniciais que são o I é II geralmente o tratamento clínico com medicações, de ultrassom, microcorrentes e drenagens manuais podem ajudar...
Já no grau III, que temos distorções da posição da prótese acentuadas, ou no grau IV que além destes, tem dor, já temos indicação de cirurgia. Que pode ser trocando a prótese, tirando essa cápsula ou mesmo mudando plano em que esta foi colocada...
A incidência é muito variável nos estudos, podendo ser de 0,5 a 30%, sendo que os casos que precisam de cirurgia são os menos frequentes. Assim, se você estiver com alguma dúvida sobre o assunto converse com seu médico cirurgião Plástico