O novo coronavírus, a covid-19, trata-se de uma nova mutação. Cientistas estudam dia e noite para saber o efeito e o impacto que o vírus acarreta no corpo humano. O que se sabe até agora é que a doença atinge principalmente o sistema respiratório e deixou milhares de vítimas no mundo todo.
Porém, com o decorrer do tempo a pandemia tem avançado e agora os cardiologistas chegaram com uma nova missão. Provar os efeitos cardiovasculares deixados pelo vírus, mesmo nos pacientes que já se curaram da infecção.
O médico cardiologista, Andre Lopes M. A. Munhoz, explica que a nova mutação da covid-19, é responsável por causar sintomas de resfriados e também a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), conhecida por desencadear condições como a pneumonia e a insuficiência respiratória.
De modo geral, o novo coronavírus causa sintomas respiratórios mais leves que a Sars e que a Síndrome Respiratória do Oriente Médion (Mers), no entanto, pode ser disseminada mais facilmente, o que pode explicar os grandes números de casos da covid-19 ao redor do mundo.
Seus sintomas podem ser facilmente confundidos com os de uma gripe comum. Além de febre e tosse, os pacientes podem apresentar falta de ar, perda de sentidos como paladar e olfato, dores de cabeça entre outros problemas apresentados no corpo.
Após meses estudando e convivendo com os efeitos do novo coronavírus, o médico afirma que pesquisadores apontam que a covid-19 pode atacar diretamente o miocárdio, músculo cardíaco, causando uma forte inflamação no músculo. Arritmias e insuficiência cardíaca são as possíveis consequências também dessa condição.
“O coração também pode ser atingido uma vez que a redução na concentração de oxigênio causada pela disfunção pulmonar, a liberação de citocinas e a isquemia devido a formação de coágulos podem comprometer o órgão vital do corpo humano”, pontuou.
Muitas pessoas, principalmente aquelas que enfrentaram a forma grave da doença, acreditam que após receberem alta médica estão totalmente curadas.
Mas, após receberem alta médica, os profissionais da Saúde perceberam que uma boa parte desses pacientes poderia ter sequelas cerebrais; rins, pulmões e até mesmo no coração.
Entre as condições cardíacas mais associadas ao vírus, a fibrose pulmonar e dislipidemia podem aumentar os riscos para uma doença cardiovascular como o acidente vascular cerebral causado por coágulos. Com isso, é possível dizer que as atividades inflamatórias derivadas da covid-19 podem perdurar de maneira silenciosa no organismo de um paciente, mesmo após sua recuperação.
“Permanecer observando os sinais que seu corpo dá é essencial na busca por sequelas. Percebê-las pode não ser uma tarefa fácil, mas, quando tratadas de maneira precoce, podem garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente”, disse.
Cura
Como ainda não existe a comprovação da cura através de medicamentos ou imunização para o vírus, a melhor maneira de proteger a saúde é se prevenindo a infecção.
“Manter a higiene frequente das mãos, evitar aglomerações e não dispensar o uso de máscaras faciais quando sair de casa são eficientes e capazes de proteger seu organismo do vírus”, finaliza.
Por fim, o médico orienta que os pacientes que tiveram covid-19, é interessante procurar um cardiologista 20 dias após ser infectado para fazer exames de rotina, principalmente se apresentar sintomas de cansaço e falta de ar.