A lombalgia é uma das queixas mais frequentes nos consultórios médicos, e cerca de 80% das pessoas sofreram ou sofrerão de lombalgia em algum momento da vida. A definição de dor lombar é a dor localizada entre a última costela e a prega glútea. Estima-se que entre 5 e 10% dos casos de dor lombar desenvolverão dor lombar crônica, responsável por custos elevados de tratamento e afastamento do trabalho. A dor lombar crônica é a dor contínua por um período igual ou superior a 3 meses.
A prevalência dessa dor crônica é 3 a 4 vezes maior em indivíduos com mais de 50 anos de idade. Outros fatores associados são o sedentarismo (atrofia muscular), obesidade ( maior carga na coluna), sexo feminino, condições de vida e trabalho e tabagismo ( a nicotina acelera o processo de degeneração das articulações da coluna vertebral). Os exames complementares, como raio-X, ressonância magnética e tomografia computadorizada devem ser realizados de acordo com a história clínica e o exame físico para descartar hérnias discais, estenose do canal medular, tumores e neuropatias.
O diagnóstico correto é fundamental para se obter um bom resultado. O tratamento inicial é baseado no uso de analgésicos, miorrelaxantes e anti-inflamatórios. Na lombalgia crônica, podemos utilizar também medicações psicotrópicas e antidepressivos, pois têm propriedades analgésicas e miorrelaxantes, reguladoras do sono e do humor. Opioides fracos ou potentes podem ser necessários.
A fisioterapia é essencial no tratamento das lombalgias, assim como a correção postural. Alguns casos podem se beneficiar de infiltrações em pontos dolorosos ou pontos- gatilho, com anestésicos locais e técnicas de medicina intervencionista como bloqueios analgésicos de estruturas da coluna vertebral para definir a causa da dor e selecionar pacientes para radiofrequência de raízes nervosas da coluna e seus ramos, uma técnica neuromodulatória. Todas as técnicas intervencionistas têm como objetivo diminuir a dor para que o paciente consiga realizar fisioterapia.