Cuidar da alimentação visando a melhora do estilo e da qualidade de vida do paciente é o principal objetivo do nutricionista. Esse cuidado deve iniciar antes mesmo da concepção, passando pela gestação, o puerpério e seguindo até a adolescência, períodos assistidos pelo nutricionista materno-infantil.
Os casais que pretendem engravidar também podem ser orientados, e é indicado que estejam dentro do peso ideal e em equilíbrio de nutrientes no organismo para que possam engravidar mais saudáveis, o que refletirá na saúde do bebê.
A alimentação deve ser variada, priorizando o consumo de comida de verdade (menos processada), rica em vitaminas e minerais, para que haja maior disponibilidade de nutrientes no decorrer da gestação e a amamentação. Durante a gestação, os sabores e aromas de alimentos consumidos pelas mães são transmitidos para os bebês através do líquido amniótico. Posteriormente, durante a amamentação, isso acontece pelo leite materno.
Após o nascimento, o aleitamento materno deve ser exclusivo até o sexto mês de vida do bebê e deve ser oferecido em livre demanda, sempre que o bebê apresentar sinais que deseja mamar. Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional do bebê, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mamãe. A amamentação pode proporcionar para o bebê uma diminuição no risco de diversas doenças como Diabetes, Otite, Asma, Infecções Respiratórias, Dermatite, Doença Celíaca, Hipertensão, Dislipidemia entre outras. Os benefícios estendem-se também para a mamãe, diminuindo os riscos dos cânceres de mama e de ovário.
Após o período de amamentação exclusiva, inicia-se a INTRODUÇÃO ALIMENTAR. O bebê deve apresentar os sinais de prontidão que indicam, em termos de desenvolvimento, se ele está preparado para receber outros alimentos além do leite: sentar sem apoio ou com o mínimo apoio; o bebê está pronto e disposto a mastigar; perdeu o reflexo de protrusão da língua e não empurra os sólidos para fora da boca; inicia o desenvolvimento do movimento de pinça e preensão palmar; está ansioso para segurar a comida e levá-la em sua boca.
A partir dos 12 meses as refeições se tornam a principal fonte de nutrientes e o leite passa a ser complementar. Até os 3 anos pode acontecer um certo desinteresse na hora da alimentação, fase que alguns autores chamam de “mini adolescência”. Esse período pode se estender até os 6 ou 7 anos, por isso é importante um trabalho de Educação Nutricional de forma interativa e lúdica, fazendo com que a criança entenda a importância e a necessidade dos alimentos.
Com brincadeiras, experiências e muitas receitas, elas acabam aderindo super bem ao programa de EDUCAÇÃO NUTRICIONAL e melhoram sua alimentação! Mas é importante ressaltar que o exemplo começa em casa. Portanto, papais, fiquem atentos à rotina alimentar da casa, pois a criança é o espelho do que ela vê!
Em cada fase do desenvolvimento, o nutricionista é fundamental orientando a família sobre todos os aspectos relacionados a alimentação da criança. Seu trabalho pode ainda ser estendido para toda a família, por vezes sendo necessário ir até a casa do paciente fazer um trabalho de Educação Nutricional, proporcionando uma melhora na qualidade de vida de todos!