Especial Capa - Neuromodulação - O que há de mais atual para tratamento de transtornos neurológicos

Graduada em Psicologia pela UESP, pós-graduada em neuropsicologia pela Universidade de Araraquara, pós-graduada em Análise do Comportamento na Faculdade Sul Mineira e ainda especialista em neuromodulação não invasiva Neurofeedback pela Brain Trainer Internacional, Priscila Leiva Duarte, explica que os primeiros estudos sobre o método começaram ainda nos anos 90, e está se tornando cada vez mais indicados no Brasil. O tratamento em questão está há 1 ano e meio no Brasil, sendo essa profissional a única habilitada no Estado do Mato Grosso. Há 5 anos atendendo crianças com transtornos neurológicos e psiquiátricos leves/moderados/ graves, com foco em estimulação cognitiva e regulação comportamental, agora o consultório conta com o aparelho de Neurofeeback. Equipamento este, importando dos Estados Unidos, faz uso de eletrodos para estimulação neurológica dos déficits apresentados pelo paciente. Entre os casos mais comuns estão: estimulação de linguagem no caso de crianças autistas e/ou sindrômicas, estimulação de atenção e foco no caso de crianças com TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade), estimulação de áreas de raciocínio logico, alterações de humor e comportamento, epilepsia, alterações de memória, transtornos de aprendizagem, entre outros. Esse tratamento pode ser feito de crianças á idosos, sem contraindicações ou efeitos colaterais, pode ser associado ou não á medicação. Como funciona o tratamento? Inicialmente levantamos o histórico do paciente e fazemos o que chamamos de MAPEAMENTO, o aparelho faz a leitura geral como o EEG – Eletroencefalograma, definindo as áreas afetadas e as frequências cerebrais a serem estimuladas ou controladas (nos casos de ansiedade, pânico, etc). Após isso, um relatório dividindo todas as áreas do cérebro é gerado, bem como o plano de treino e estimulação. O plano de treino são feitos por sessão, sendo que o protocolo mínimo são de 35 sessões para perceber alguma mudança ou o paciente ser reavaliado em consultório. Nos casos das crianças com autismo, a psicóloga afirmou que consegue melhorar o funcionando cognitivo da criança, controle de impulso, linguagem, atenção, foco nas atividades escolares, habilidades motoras e sensoriais.