O câncer de mama continua sendo a doença maligna mais comum no sexo feminino, em todo o mundo. O tratamento cirúrgico é indicado na maioria dos pacientes. Em nosso país, são estimados 66.280 casos para cada ano do triênio 2020 – 2022. Esse número corresponde a uma previsão de 61% casos novos a cada 100 mil mulheres. Segundo o Instituto Nacional de Câncer, é importante ressaltar que 41% dessas mulheres, serão submetidas a mastectomia.
Existem várias estratégias para o manejo da dor oncológica, e no caso da dor relacionada à cirurgia, uma das mais importantes é a prevenção.
Fazemos uso de bloqueios anestésicos na parede torácica guiados por ultrossonografia, e o cirurgião usa técnicas operatórias que identifiquem e resguardem os nervos da região para termos bom controle da dor aguda pós-operatória e assim evitar que ela se torne crônica.
A dor oncológica, no caso do câncer de mama, não se relaciona apenas à já conhecida Síndrome Pós- Mastectomia, mas também pode estar relacionada a outros tratamentos, como: quimioterapia e radioterapia.
O médico da dor utiliza várias classes de medicamentos diferentes para o controle adequado da dor.
No caso das dores que chamamos de neuropáticas (devido a doença e/ou lesão de nervos), podemos fazer uso de medicações como antidepressivos e anticonvulsivantes, que atuam nesse tipo de dor.
Também é comum o uso de opióides para o alívio da dor. Apesar dessa classe de medicamentos ainda ser muito estigmatizada devido a possíveis efeitos colaterais, já existem no Brasil vários tipos e apresentações diferentes, como os adesivos, que garantem liberação continuada da medicação, minimizando crises dolorosas e dando comodidade para os pacientes.