Dor persistente, de duração maior que 6 meses, cíclica ou acíclica, que se associa a disfunções cognitivas, sexuais e emocionais, a alterações do sono, dor durante a relação sexual e sintomas geniturinários e gastrintestinais. Pode estar presente em homens e mulheres.
Gera anormalidades emocionais expressivas, incapacidade física, interfere nos relacionamentos interpessoais e, geralmente é refratária aos procedimentos analgésicos convencionais.
É difícil identificar a causa exata da dor devido à grande quantidade de diferentes órgãos e sistemas que podem estar envolvidos, havendo causas ginecológicas (ex: endometriose, neoplasias pélvicas, doença inflamatória pélvica) e não ginecológicas (síndrome do intestino irritável, cistite intersticial, neuralgia do nervo pudendo, síndrome dolorosa miofascial, fibromialgia). Para isso, é preciso história e exame físico detalhados, que abranjam a história social do paciente. O tratamento pode ser feito com analgésicos convencionais e adjuvantes, como antidepressivos e anticonvulsivantes.
A prevalência de distúrbio afetivo- -emocional é alta nesses pacientes, e tem que ser levada em consideração ao indicar tratamentos mais invasivos.
Além de medicações que aliviem a dor, a medicina Intervencionista da Dor possui diferentes procedimentos para o alívio das dores pélvicas, como os bloqueios anestésicos e a neuroestimulaçao medular, para casos mais complexos e refratários ao tratamento convencional.
O trabalho da equipe multidisciplinar e sua interação é o principal determinante para o sucesso no tratamento da dor crônica. Em muitos casos, a fisioterapia é um recurso muito importante para trabalhar aspectos como tensão muscular da região ou questões posturais.
O psicólogo da dor ajuda o paciente a enfrentar a doença e seus aspectos psicológicos (ansiedade, depressão) de maneira mais efetiva, sendo outro importante recurso a ser utilizado.