Doutora, eu nem sabia que existia Médico da Dor!

Sim, nós existimos! E já somos vários! Somos especialistas no tratamento do sintoma que leva a 70% das consultas médicas.

Sentir dor faz parte do nosso mecanismo de proteção. É a dor que faz com que você se afaste de uma superfície quente, evitando que você tenha uma queimadura, por exemplo.

O problema é quando a dor deixa de ser um reflexo, ou uma resposta a uma ameaça ou lesão, para se tornar uma doença. Sim, a dor é um sintoma, mas pode ser uma doença!

Você certamente já vivenciou ou já ouviu falar de parentes, amigos ou conhecidos que sentem dor diariamente, mas vão ao médico, fazem exames, sejam de sangue ou de imagem, e não detectam nenhuma alteração. Pessoas que fazem cirurgias, que foram bem feitas, “deram certo”, mas continuam sentindo a dor, tal qual como antes ou pior.

Quando você precisa aprender uma tarefa ou estudar para uma prova, você repete aquela tarefa ou lê repetidas vezes sobre um assunto, até que isso fique sedimentado.

Isso acontece porque seu cérebro se modifica para assimilar esse aprendizado.

Infelizmente, a mesma coisa acontece com a dor. Sentir a mesma dor diariamente ou repetidas vezes também provoca alterações em todo o sistema nervoso central, fazendo com que seu organismo “aprenda” a sentir aquela dor. E é muito difícil “desaprender” algo, não é verdade?

Por isso existe uma área da Medicina que se dedica a isso. Através de medicações ou procedimentos invasivos tentamos ajudar as pessoas a, pelo menos, atenuar esse sofrimento crônico e voltar a ter qualidade de vida, fazerem o que gostam e funcionar enquanto indivíduos.